As 10 armas mais absurdas já usadas em videogames
Victor Bianchin
11/09/2019 09h57
Armas de videogame são aquela coisa: quanto mais ridículas e exageradas, melhor. Afinal, a gente não obriga nossos personagens a desenvolver escoliose carregando 15 espadas diferentes no inventário à toa. Queremos ter opções, caramba!
Essas são nossas escolhas para as armas mais tresloucadas dos jogos.
1) Boneco vodu (Blood)
O boneco vodu é uma arma presente no jogo Blood (1997) e sua sequência, Blood II (1998), ambos para PC. Você joga como Caleb, um pistoleiro em busca de vingança contra o demônio Tchernobog, para quem Caleb trabalhava.
Boa parte da graça de Blood, um herdeiro direto de Doom, era a violência exagerada, com explosões de sangue, inimigos clichês indo pelos ares e armas criativas como um lança-chamas caseiro e um lançador de napalm.
O boneco vodu era a melhor de todas. Quando você "atirava", Caleb espetava uma agulha aleatoriamente no item e o inimigo mais próximo sofria um ferimento fatal. No modo multiplayer, o local onde a agulha atingia o alvo tinha efeitos particulares: na virilha causava dano extra, enquanto nos olhos fazia a tela do adversário ficar coberta de sangue.
Ah, e se não houvesse nenhum inimigo à frente, quem sofria o dano era o próprio Caleb. Com vodu não se brinca!
2) Dildo fluorescente (Saints Row)
Ah, Saints Row. Provavelmente há mais armas malucas nessa franquia do que pessoas revoltadas com problemas de servidor em PUBG.
Precisamos comentar essa belezinha que é o Penetrator, que pode ser comprado no terceiro jogo e é uma skin para o taco de beisebol.
Definitivamente, um acessório que permite muitas picardias. Você sai por aí balançando essa roliça arma melee, sarrando inimigos desavisados e sentando o pau nos criminosos.
Nota 10 para a performance.
3) Gato-metralhadora (S.K.I.L.L. Special Force 2)
S.K.I.L.L. Special Force 2 é a versão multiplayer online do jogo Special Forces 2 e, por coincidência, desativou seus servidores no mês passado, deixando uma legião de fãs carentes.
Do que sentiremos mais falta? Com certeza da "Cat Gun", uma metralhadora que, na verdade, é um gatinho fofo. Ele solta as balas pela boca e, para recarregar, basta acariciar o bichano.
Os devs de S.K.I.L.L. poderiam ter sido mais ousados e ter feito o gato vomitar bolas de pelo em vez de projéteis? Sim, poderiam. Mas estamos reclamando disso? Sim, pensando bem, estamos, sim.
4) Chapéu cortante (007 Nightfire)
O universo de 007 é cheio de coisas irrealistas, como lutas contra cobras gigantes na Amazônia, esconderijos secretos dentro de vulcões ativos e Denise Richards interpretando uma cientista nuclear.
Um desses elementos bizarros, mas muito querido pelos fãs, é o vilão Oddjob, um capanga de Goldfinger no filme 007 Contra Goldfinger. Quando o longa foi adaptado para os games no maravilhoso GoldenEye 007, para N64, você poderia assumir o papel de Oddjob no multiplayer, o que era especialmente irritante, já que o personagem era baixinho e não podia ser atingido com a mira automática. Muitas amizades foram perdidas por causa de Oddjob.
Oddjob voltou em 007 Nightfire ainda pior: agora era possível utilizar sua arma característica, uma cartola com lâminas de aço que causa morte instantânea nos adversários (e nos possíveis amigos restantes que você ainda pudesse ainda ter).
A arma só tinha uma munição (óbvio) que ressurgia de forma meio errática, então havia esse problema. Mas, no geral, encontrar com Oddjob no multiplayer era certeza de morte. O que não muda o fato de que estávamos matando inimigos com um chapéu ridículo.
E você achando que o Kung Lao tinha aprendido tudo com o Raiden…
5) Disparador de espadas (Borderlands 2)
O nome desta arma de um DLC de Borderlands 2 é "SWORDSPLOSION!!!". Sim, com a caixa alta e com os pontos de exclamação.
Então, por favor, nos permitam escrever este texto da forma adequada.
MANO!!! ESSA É UMA ARMA QUE DISPARA UMA ESPADA!!! UMA ESPADA, VÉI!!! E A ESPADA, ELA EXPLODE!! SIM, ELA EX-PLO-DE EM TRÊS ESPADINHAS MENORES!!! E AS TRÊS ESPADINHAS MENORES EXPLODEM TAMBÉM!!! NEIVA DO CÉU!!!
6) Mr. Slave (South Park: The Stick of Truth)
Incluir este item nesta lista é quase trapacear, já que The Stick of Truth é um RPG, e não um shooter, e Mr. Slave é um summon, não uma arma. Mas, para os personagens digitais que estão morrendo, tanto faz se é Ivete ou Shakira, não é mesmo? Eles vão ser eliminados de qualquer jeito.
Depois de realizar uma missão no jogo, você ganha acesso ao summon do Mr. Slave. O personagem, um arquétipo gay sadomasoquista, tira as calças, vem correndo e senta em cima do inimigo, descendo lentamente até o abarcar por inteiro.
Aguardamos ansiosamente um quadrinho do Mr. Slave na próxima Bienal do Livro.
7) O fuzil que grita (Borderlands 2)
Borderlands 2 precisa voltar à lista porque a arma mais impertinente de todos os tempos se chama Bane e está nele. Você consegue acesso a ela após cumprir uma das missões paralelas.
A Bane tem uma particularidade: ela tem diálogos. As falas incluem "yeahyeahyeahyeahyeahyeah" (infinitamente, quando atirando), "swapping weapons", "reloooooad", "boom" e "ratatatatata". Todas faladas numa voz aguda extremamente irritante e que não desaparece nem se você diminuir o volume do jogo para zero.
Além da voz, a arma também diminui bastante sua velocidade e sua acuidade. Em troca, tem alto poder de fogo. Mas é aquele velho dilema: o dano que tu causas vale o desgraçamento que tu sofres?
8) O lança-chamas pélvico (Dead Rising 3)
Em Dead Rising 3, você precisa enfrentar sete vilões, cada qual representando um pecado capital. Entre eles está Dylan Fuentes, que representa a luxúria. Trata-se de um vilão pervertido que faz piadas sexuais e que pede para você dançar pole dance no meio da luta (?!?).
Derrotando Dylan, você ganha a arma dele, chamada Lust Cannon, um lança-chamas colocado em frente à pélvis. Nick, o herói do jogo, pode usar essa arma para lançar ataques de fogo e de gelo, sempre com movimentos sexuais muito sugestivos. Aliás, são TÃO sugestivos que dava para a gente incluir na lista de sensualizações fracassadas que publicamos semanas atrás.
Para efeito completo, sugerimos usar a skin Banana Hammock (vista na tela acima e também conhecida como maiô do Borat).
9) Lançador de galinhas (Redneck Rampage)
Redneck Rampage é um shooter para PCs lançado em 1997 e atualmente disponível pela Steam. Para o ano em que saiu, RR é até um jogo muito bem feito, com gráficos bonitos e um gameplay eficiente.
Você encarna dois irmãos caipiras numa cidadezinha do interior que precisam lutar contra uma invasão alienígena e recuperar sua querida porca de estimação Bessie (pois: prioridades). As armas são típicas da temática "caipira" e incluem pistolas, dinamite e até um lançador de serras circulares.
Mas nosso preferido é a balestra (a partir de 2:23 no vídeo acima), pelo simples fato de você poder equipá-la com galinhas explosivas. Sim, galinhas! E elas são surpreendentemente efetivas, embora um pouco penosas de manipular.
Pois todo mundo sabe que não dá para fazer omelete sem quebrar os ovos e não dá para fazer picadinho de alien sem explodir galinhas.
10) Peido de unicórnio (Red Faction: Armageddon)
Armageddon, lançado em 2011, foi o quarto e último jogo da franquia shooter Red Faction, que foi pra geladeira devido às baixas vendas do título. Uma pena, porque o jogo nem era ruim.
Pelo menos Armageddon fechou a série com chave de ouro ao nos apresentar Mr. Toots, um unicórnio branquinho que peida um raio destrutivo multicolorido. Você sai por aí apontando o furico do bichinho para seus inimigos e apertando alguma parte misteriosa do animal para fazê-lo peidar. Sim, os efeitos sonoros apropriados acompanham cada disparo.
E que lindo é ver os adversários explodindo em lindos raios de arco-íris quando atingidos pelo peido mágico! Realmente um toque de fofura muito bem-vindo no meio de toda essa selvageria. Queremos mais unicórnios em jogos de tiro, por favor.
Sobre o Autor
Victor Bianchin é jornalista, já foi editor da revista Mundo Estranho e escreveu um almanaque de games. Ele tem um Rush de estimação e considera a técnica do button mashing algo subestimado.
Sobre o Blog
Em Control Freak você vai ficar por dentro das curiosidades, bizarrices e polêmicas saudáveis do universo dos games.