Drogas, espadas e massagens: 25 fatos malucos sobre Street Fighter: O Filme

Divulgação (Universal)
O mês de setembro marcou os 25 anos da estreia de Street Fighter: O Filme no Brasil. O longa havia estreado em 1994 nos EUA, mas, nessa época, o normal era as produções hollywoodianas demorarem vários meses para chegarem aos cinemas brasileiros.
Quanto mais o tempo passa, mais aumenta o folclore desta que foi uma das primeiras adaptações de um videogame para a telona. Destruído pela crítica, Street Fighter: O Filme foi inicialmente rejeitado pelos fãs, mas, com o passar do tempo, ganhou status de filme cult.
Tão ruim que é bom, sabe?
Para comemorar os 25 anos do lançamento, juntamos 25 fatos incríveis (e bizarros) sobre este que é um dos maiores filmes de todos os tempos.
01)

Divulgação (Universal) / Control Freak
O ator já admitiu publicamente seu vício em drogas, que esteve no ápice durante o começo dos anos 1990. Street Fighter foi gravado exatamente nessa época. "Eu não podia falar disso na época, mas eu posso agora: Jean-Claude estava cheirado até o talo", disse o diretor Steven de Souza em uma entrevista.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
A iniciativa de fazer o filme foi da Capcom. Quando o produtor Edward Pressman soube que uma equipe da desenvolvedora japonesa estava fazendo reuniões com vários estúdios de Los Angeles, ele ligou para o amigo Steven De Souza, roteirista de Duro de Matar, e pediu se ele conseguiria ter um pitch (proposta de história) para os japoneses no dia seguinte. Souza topou e passou a madrugada toda trabalhando na história. Ele só tinha uma condição: além de roteirizar, queria dirigir também.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
Os problemas com o vício de Van Damme, o estúdio ruim e outras falhas de estrutura (como uma estação de energia que pifou ao ser usada para alimentar o equipamento de filmagem) fizeram com que, ao final de um mês em Bancoc, as gravações estivessem atrasadas em 15 dias. A produção empacotou tudo e partiu para a Austrália uma semana antes.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O diretor pediu à Universal tempo extra de filmagem para captar o que faltava, mas seu pedido foi recusado. O estúdio acabou cedendo um mês depois e alugando um estúdio em Vancouver, no Canadá, para gravações extras.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O plano era gastar parte do orçamento de US$ 35 milhões treinando os atores para as cenas de ação. No entanto, o diretor não contava com o pedido da Capcom para que houvesse uma grande estrela de Hollywood no filme (e Van Damme era a maior delas na época). Com a entrada dele e de Raul Julia no elenco, simplesmente não havia dinheiro para pagar os outros atores por um mês de treinamento. Só o cachê de Van Damme era de US$ 8 milhões.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O ator porto-riquenho, conhecido por Rookie, Um Profissional do Perigo e por A Família Addams, entrou no projeto porque seus filhos, que tinham 11 e 7 anos de idade na época, eram fãs da franquia.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O diretor Steven de Souza contou em uma entrevista que, a cada tratamento do roteiro que ele entregava, a Capcom respondia pedindo para que mais um personagem fosse incluído. A ideia original era usar sete ou oito porque "o público já mal consegue seguir sete personagens ao mesmo tempo".
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Divulgação (Universal) / Control Freak
Steven De Souza estava procurando alguém para interpretar Cammy. Durante um voo da Austrália para Bancoc (as duas locações do filme), ele pegou uma revista People australiana e viu Minogue, na época já uma grande estrela pop, na foto de capa. A equipe é uníssona em dizer que a cantora era muito agradável nas gravações e foi gentil com todo mundo.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O tempo gasto na ilha de edição para diminuir a classificação +18 fez com que os efeitos visuais fossem deixados de lado até serem excluídos completamente. A maioria do que você na tela são efeitos práticos, feitos com atores suspensos por cabos, maquetes explodindo, etc.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
A Capcom queria porque queria que o ator de Ryu fosse o japonês Kenya Sawada (esse da foto aí em cima). O problema é que ele mal falava inglês, o que era um pepino gigantesco para o diretor Steven De Souza.
De Souza resolveu criar um meio-termo para agradar a desenvolvedora: mantinha sua escolha para Ryu (o ator sino-americano Byron Mann) e dava a Sawada um personagem novo com bastante proeminência. O nome desse personagem? "Capitão Sawada". O ator falava tão pouco inglês que precisou ser dublado na versão original do filme.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
Assim que bateu os olhos em Julia, a consultora de figurino explicou ao diretor que a aparência dele estava muito frágil para gravar. De Souza então transferiu as tomadas com o ator para o final do cronograma, de modo que ele pudesse ganhar peso. O ator estava tratando um câncer na época (algo que a produção só descobriu na hora das gravações) e tinha acabado de passar por uma cirurgia no estômago. A doença acabou lhe tirando a vida um mês depois das filmagens.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
Justamente por causa da inversão na gravação de suas cenas, o ator teve tempo para descansar no começo do cronograma do filme. Ele levou a família para o set na Austrália e o clima com a esposa e as crianças era de viagem turística. Foi bom para ele, pois Julia conseguiu recuperar seu estado físico.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
"Na Tailândia, ninguém sabia que seria tão quente e úmido", conta Byron Mann, intérprete de Ryu. "A gente estava desnutrido e desacostumado com a comida. Todo mundo perdeu peso". Os atores só iriam recuperar a forma na Austrália. É possível notar essas mudanças corporais ao longo do filme.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
A atriz conta em uma entrevista da época: "Eu precisei convencer o Steven de Souza e o Ed Pressman – eles não conseguiam me ver como uma lutadora forte e agressiva. Comecei a dar chutes de artes marciais no escritório de Pressman. Isso conquistou a atenção dele".
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Divulgação (Universal) / Control Freak
Quem conta esse perrengue é o ator de Ryu, Byron Mann, lembrando-se da cena em que o lutador precisa travar um duelo de espadas com Vega: "Certo dia eu estava almoçando e um assistente do diretor veio e me perguntou: 'ei, você está pronto para sua luta de espada?'. Respondi: 'do que você está falando? Não sei nada a respeito'. Aí eu fui até um dos figurantes tailandeses, um dublê, e perguntei se ele poderia ajudar. Ele me ensinou o que ele sabia ali mesmo – e isso é o que você vê no filme. E era uma espada de verdade, não era de plástico. Eu poderia ter machucado eu mesmo ou outros".
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Divulgação (Universal) / Control Freak
A maioria dos personagens de Street Fighter só tinha um nome. Para transformar a história em filme, eles precisaram ganhar nomes completos: Ryu Hoshi, Chun-Li Xiang, Viktor Sagat, etc. A maioria serviu apenas para o filme, mas dois deles acabaram agradando a Capcom e foram incorporados aos games: Ken "Masters" e Cammy "White".
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Divulgação (Universal) / Control Freak
A produção alugou um prédio em Bancoc para transformar em estúdio e gravar as cenas internas. Mas as paredes eram cheias de buracos, o que permitia a entrada da luz natural, e o telhado era fino, fazendo com que o barulho da chuva contaminasse a gravação.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
A pedido da seguradora do filme, a produção contratou um "wrangler", palavra que pode ser traduzida como "tratador", "domador" e até "vaqueiro". "Era pra ele manter o Van-Damme longe de encrenca, mas acabou que foi o contrário, o Van-Damme arranjou encrenca para ele", conta o diretor. Por causa do vício, era muito comum que o ator belga faltasse às gravações após noites de curtição. "O Jean-Claude faltava tanto que eu tinha que ficar procurando no script outras coisas para filmar", conta ele.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O ator australiano Robert Mammone, que interpretava o soldado Carlos Blanka (que vira a criatura verde durante os eventos do filme) relembra a vida com Van Damme no set: "Por algum motivo, talvez porque a gente interpretava dois melhores amigos no filme, ele gostava de mim. A gente saía pra jantar, curtia junto, ele me deu meu primeiro charuto cubano. Certo dia, a gente estava sentado na maquiagem e ele disse para mim: 'Robert, você tem o fedor do Tony Curtis'. Acho que ele quis dizer 'essência'".
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Divulgação (Capcom) / Control Freak
Na Tailândia, usa-se a mão inglesa. Um dos produtores do filme, desacostumado com essa regra, pegou o carro e acidentalmente saiu dirigindo na contramão. Seu veículo se chocou com um ônibus, ele ficou ferido e precisou se afastar da produção.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
O vídeo de "Straight to my feet" tem a participação de Van Damme e vários outros atores do longa caracterizados como seus personagens, além de cenas extraídas do próprio filme.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
"Eu era pobre", revelou Damien Chapa, ator que fez o Ken, em uma entrevista. "E aqui estava eu ganhando mais dinheiro do que eu já tinha ganhado em toda minha vida. Além disso, a casa de massagens era tão barata que você conseguia uma massagem por US$ 10. Nós viramos viciados em massagem, pedindo uma a cada hora", conta.
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Divulgação (Universal) / Control Freak
Em uma entrevista em 2012, Van Damme admitiu o caso: "Ok, sim, aconteceu. Eu estava na Tailândia, nós tivemos um caso. Um doce beijo e um lindo fazer amor. Seria anormal não ter um caso, ela é tão linda e estava lá na minha frente todo dia com um sorriso lindo. Tão charmosa, ela não agia como uma grande estrela. Eu conhecia a Tailândia muito bem ,então eu a apresentei a minha Tailândia".
24)

Divulgação (Universal) / Control Freak
As primeiras versões do filme foram classificadas como apropriadas para maiores de 18, sendo que o objetivo do estúdio era que fosse +13. Para mudar isso, De Souza cortou cenas com violência e sangue. A nova versão voltou como livre para todas as idades. Isso, para o diretor, seria o "beijo da morte", pois os jovens não gostam de ver filme de criança. Ele então incluiu a cena em que Van Damme fala "Quatro anos de treinamento para aguentar essa merda". Isso fez o filme subir para a classificação +13.
25)

Divulgação (Universal) / Control Freak
Embora tenha sido destruído pela crítica e esnobado pelos fãs, Street Fighter: O Filme fez dinheiro, o que é motivo de orgulho para o diretor Steven de Souza até hoje.
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